Uma história sobre roupas molhadas e opiniões alheias

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Você chega em casa depois de uma chuva daquelas e, nossa, absolutamente todos os pedacinhos de você estão molhados. Você tira as suas botas, que têm lama, a calça, o moletom, a blusa e tudo que ficou encharcado. Toma um banho e se deita em sua cama. Enfim, era bem disso que precisava.

Tudo está em paz de novo.

A mesma sensação se repete quando você tira de suas costas todas as convicções alheias, as dicas e opiniões sobre uma vida que é só sua – e resolve seguir apenas o seu coração. Sem arrependimentos. Sem pesares. Sem voltar atrás e pensar que aquela capa molhada, já pesada, é a tua pele – porque não é.

O quê? Não é assim que acontece por aí?

Se você parou para pensar agora e percebeu que, muitas vezes, se sente obrigada a continuar com a roupa molhada após a tempestade, está na hora de mudar isso de uma vez por todas.

Quem sabe da tua verdade é só você.

Carregamos muito dos outros conosco. A gente vive em sociedade e, por isso, é justo deixar que coisas vistas e vividas agreguem um tanto a mais na nossa personalidade, em nossos estilos, em nosso jeito de ser. Estamos sob influência e somos influência – tudo ao mesmo tempo. Isso é perfeitamente normal.

Mas há coisas que a gente já devia ter aprendido a deixar da soleira para fora. Devemos carregar o que é bom, mas sabendo que pode ser confusa a somatória daquilo que ultrapassa o limite da nossa vontade com as coisas que escolhemos verdadeiramente. E, se a sua cabeça estiver dando um nó, acenda o sinal vermelho.

Se você ama alguém ou alguma coisa, você ama e pronto. Se os seus amigos não gostam tanto assim, isso diz sobre eles, e não sobre você. Não deixe o seu amor por esta tal pessoa ou coisa ser afetado.

Se escolheu um curso, um caminho ou uma profissão que ninguém parece aprovar – ótimo! Quem vai passar os próximos dias de vida vivendo aquilo é só você, então tudo certo. Não estamos dizendo que não deva ouvir conselhos, ponderar e pensar sobre eles. Mas, no final das contas, a vida é sua – e isso faz uma diferença gigante.

Se você prefere o teu cabelo de um jeito que não é igual ao que todos usam e recebe olhares tortos por conta disso – apenas ignore-os. Se você for mudá-lo por causa desta desaprovação que não faz nenhum sentido, estará se traindo.

Não sinta vergonha do que te faz feliz. Apenas faça o que você ama – e com muito amor.

Vale a pena acreditar nos seus instintos e seguir o seu coração. Se ele sempre estará 100% certo? Não tem mesmo como saber! Mas, referente a tudo que vem da sua própria individualidade, vale o conselho: confie em seus instintos.

Não vale a pena abandonar nem um pouquinho do que faz sentido pra você por causa do que os outros dizem. Isso deveria ser tão simples quanto… bom, quanto aquela comparação que fizemos lá em cima, no começo do post.

Afinal, quem é o doido que aguenta viver uma vida inteira vestindo roupas molhadas?

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