Se der certo, romance. Se der errado, aprendizado

Ah mas se tem uma coisa que tem me irritado, é esse diabo de argumento que “quanto mais, melhor”! As pessoas tem tido cada vez mais medo de se envolver porque elas tem tido cada vez mais medo de correr o risco de dar de cara no fundo dessa piscina toda. Sabe o que acho disso tudo? Minha filha, mergulha de cabeça nessa bagaça. Molha-se de todo esse sentimento que te deixa toda boba, sabe?! Para com esse medo de se entregar, de se apegar. Apega-se sim, permita-se sim e se apaixona sim, o que você tem a perder afinal? Se der certo, romance. Se der errado, aprendizado.

Coisa tosca essa mania dessa geração vazia de focar tanto nessa maldita lei do desapego. A troco de que você vai ficar beijando o maior número de bocas, para no fim do dia seu coração estar tão vazio que dá eco?

Ah, me poupe essa galerinha que aderiu essa nova moda, mas eu confesso que sou das antigas. Adoro um filme num domingo à tarde, adoro um sexo matinal, adoro um café da manhã na cama, dormir de conchinha, mandar mensagens e mais mensagens contando meu dia, e adoro mais ainda saber que a pessoa está interessada em saber como foi meu dia. Adoro marcar a pessoa em tudo que me faz lembrar-me dela, adoro me ver marcada em postagens que tem tudo haver comigo. Adoro andar de mãos dadas, adoro abraçar por longos minutos. Adoro cumprimentar com selinho. Adoro carinho na mão, beijo na bochecha, aperto no pescoço e beijinho na orelha.

E por um acaso dá pra ter tudo isso com alguém que você mal conhece? Alguém que mal te conhece? Qual a graça de estar com alguém que só conhece uma pseudo versão sua? Qual a graça de ter conversas rasas, com várias pessoas, sendo que você pode ter conversas intensas, profundas, e muito mais construtivas com alguém que realmente esteja com vontade de te ouvir, de estar com você?

Eu sei, o risco é bem alto. A chance de quebrar a cara é grande? É. Mas nunca vamos conseguir encontrar alguém que seja tudo aquilo que a gente sempre quis, tudo aquilo que a gente realmente merece, se ficarmos enfurnadas em casa com medo do quanto nosso coração pode ser quebrado novamente. Pô, você já não remontou ele quantas vezes? Quantos babacas passaram pela sua vida, e você aprendeu a dar a volta por cima, depois deles?

Você se lembra do quanto você já cresceu desde a última vez que te machucaram? Do quanto você se tornou mais forte, mais madura, mais mulher?

Para de se martirizar e se arrepender das coisas que fez, ou dos sentimentos que sentiu. Temos que nos entregar mesmo, senão como iremos aprender o que é o melhor para nós? Lembre-se, tudo na vida pode ser considerado como algo positivo se você sempre souber olhar pelo lado bom, porque se der certo, romance, e se der errado, aprendizado.

Diandra Ferracini

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