Os sinais irrefutáveis da paixão

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Como bom observador do comportamento humano, vulgarmente chamado pelos ignorantes de fofoqueiro, dediquei os últimos anos a estudar a fundo o que eu chamo de “Momento Crec”. É o momento exato em que alguma coisa se quebra dentro de você, e você percebe que está apaixonado.

Nada de câmera lenta, trilha sonora, borboletas no estômago nem nada disso. Há sinais reais e testados em laboratórios e que tiveram seus resultados reproduzidos inúmeras vezes, não deixando dúvidas de sua existência e eficácia.

Vou dar exemplos para que não me tenham por um charlatão. Não precisam me agradecer nem ficar apontando o dedo para os seus amigos, pois vocês também fazem essas coisas. O primeiro sinal de que você está apaixonado, mesmo que ainda não saiba, é quando você muda o nome da pessoa no celular.

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É quando a “Roberta Bustamente” vira “Betinha”. Quando o “Alexandre Soares” vira o “Alê”. Quando a “Marina Tavares” vira a “Nina”. Mudar nome na agenda do celular é algo que ninguém faz. É enfadonho, dá preguiça. Se você se dispõe a vencer a preguiça e decide mergulhar de cabeça no pantanoso terreno da agenda do seu celular para mudar a Juliana Coutinho para Ju, você está apaixonado.

Outro bom indício é quando você evita perder o telefone de vista, afinal, ela – ou ele – pode ligar, e pode ser urgente, e pode não dar mais tempo quando você sair do banho ou voltar da lixeira do prédio. E então você começa a tomar banho com o telefone no banheiro.

Ou, se você é mais cuidadoso, deixa o telefone na sala mesmo, mas toma banho de porta aberta, e com a porta do box meio aberta, porque você já percebeu que com o barulho da água é difícil ouvir o telefone tocar. Você começa a tentar deixar o telefone meio em pé perto de você, para que no caso de ele dar uma pane e não tocar, você pelo menos vai vê-lo acender.

Outra: você começa a deixar recadinhos indiretos para ela nas suas redes sociais, e posta coisas para que todos percebam a sua felicidade. Depois da primeira noite de sexo de vocês, você vai ao Facebook e posta: “Mais feliz que anão em passeata de modelos russas”.

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Ela te liga só pra dizer que tá com saudades e você posta no Twitter: “Nada como aquele telefonema para defenestrar de vez o seu mau humor”. Você não manda pra ela, você simplesmente deixa lá para que ela leia “sem querer” na sua página do Facebook. E pior: você presta atenção nos horários que ela entra na internet para postar exatamente quando ela estiver online. O garçon pergunta se vocês estão namorando e você pega o celular enquanto ela está no banheiro e posta: “Todo mundo tá percebendo, hihihi”.

Você não se contém. Você quer que ela leia e que, indiretamente, todos saibam. Você não demora cinco minutos.

Façam bom proveito dos meus ensinamentos. Não os usem para o mal. Os usem com parcimônia e responsabilidade. Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Uma última dica: ao conhecerem a Luíza, já anotem “Lu” no telefone de cara, para não correrem o risco de serem desmascarados depois. Vai que ela leu esse texto e descobre que você está apaixonado.

Léo Luz

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