O amor que valeu

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Vamos ser sinceras: são poucas as pessoas que começam um relacionamento sem expectativa alguma de que dê muito certo. E, na nossa concepção – que veio direto dos filmes da Disney -, a expressão “dar certo” é relacionada a amores intensos e puros, vida inteira e felicidade infinita, até virarmos os velhinhos de “Up – Altas Aventuras”. Ai, ai, os contos de fadas…

Só que, às vezes, vai dar certo de outro jeito, sabe? Não precisamos chegar até os oitenta, noventa ou cem anos para olharmos pra trás e pensarmos que, poxa, valeu.

É claro que existem aqueles relacionamentos meio zoados que, depois que terminam, só deixam feridas e caquinhos. Para esses, a gente não tem que dar like e achar lindo enquanto durou, não necessariamente, mas é claro que existem os que conseguem dar tchau sem deixar machucados – caso a gente permita que isso aconteça, é claro.

E, para permitir, temos que entender uma coisa: relacionamentos são diferentes. Não adianta tentar mudar a natureza do seu e insistir para que continue acontecendo o que não está mais funcionando.

Precisamos aprender a dizer adeus e guardar as boas lembranças. 

Outros virão. Pense nisso. O importante é entender que, em seu tempo, a história foi vivida e agregou, nem que seja através de uma receita diferente de brigadeiro, um passeio muito incrível no meio de dias rotineiros, uma palavra divertida que marcou ou qualquer coisa que, vista na ótica de quem valoriza relacionamentos como algo que precisa durar, é pequena.

Não é. Pelo menos não neste ponto de vista, porque, afinal, tudo na vida é feito dessas pequenezas. Mas bom mesmo é poder suspirar sem nenhum pesar, entendendo a natureza fugaz das coisas e vendo como elas são cíclicas e lindas por serem assim, desse jeito tão livre e natural. Sigamos compreendendo que tem amor que chega, fica, passa e se vai. 

Depois dos Quinze

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