O amor não sabe esperar

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Quando o amor encontra terreno fértil, ele não sabe esperar o tempo. Faz daquele pior inverno uma primavera sem fim dentro de quem o sente e, se pode notar, causa verões nos sorrisos presentes. Como uma criança que aprendeu a andar, não entende a dor da possível queda, mas apenas a alegria de fazer com que as pernas levem para qualquer canto.

Não se esconde. Revela-se em toda a sua beleza e quer mais é gritar para o mundo inteiro o que carrega. Nenhuma placa de “PARE” será capaz de impedir seu avanço. Aquele que escuta ainda no início um “vamos com calma”, pode ter certeza de que ainda não é amor. Ele, talvez, até saiba esperar quando sentido apenas por um lado. Quando platônico, então, pode ser guardado numa gaveta por anos à fio sem que realmente vá habitar outros lugares por aí.

Entretanto, sendo recíproco – ou pretensiosamente recíproco – não existirão amarras. Nem os proibidos, nem os perigosos, nem os inaceitáveis. Quem o proíbe de existir? Quem não se aventura nele? Quem não aceita amar? O amor é de selfie. Concorre diretamente com as fotos de comida em número de postagens e declarações, mas acho que pessoas dizendo que estão com fome ainda ganham por uma leve vantagem.

De qualquer modo, é de marcar num post, é de mandar uma música e não se importar com demonstrações públicas de afeto. É de uma foto no parque, de uma música no rádio, de um domingo preguiçoso. O amor é de esperar na porta do trabalho, é de uma surpresa e um agrado. É de lua também. Olhar a lua, principalmente.

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Sente ciúmes, beira a posse. Como se todo aquele jardim fosse dele, o amor floresce de um peito pro outro e toma conta. Precisa ser cuidado para não tornar-se dano. Erva-daninha mata qualquer bela paisagem. Você pode contra-argumentar de qualquer jeito e emendar com um “amar é muito complicado”, mas sempre me encontrará dizendo que a beleza do amor é ser complicadamente simples, sendo o mais difícil atingir essa tal simplicidade.

Ainda assim, o amor não é de se esconder. E, se te digo isso, é porque já errei o bastante para aprender a lição. Já acreditei uma vez que o sentimento não deveria ser exposto. Por um período, talvez. Por uma maturação, quem sabe. Mas o amor pleno é uma porrada tão grande que não consegue passar impunemente. Ele transborda e embriaga.

Não há como tomar apenas uma dose.

Pode até ser que algum conhecido meu venha me dizer que, quando era para eu agir assim, não agi. Se falo isso tudo hoje, é porque entendi onde errei e assumo: nem sempre entendi de verdade o que sentia. E talvez não tenha aprendido ainda de fato o que é o amor, mas posso afirmar com todas as letras que amor não esconde nem se esconde.

Quando é real e recíproco, o amor aparece, se joga, germina e brota, tipo aqueles de livro: todo mundo fica sabendo.

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