Nosso amor sempre será o motivo da minha persistência

Minhas amigas falam que sou louca em minha persistência.
Que toda essa esperança já deveria ter acabado.

“Ainda acredita no amor? Depois de tudo ter dado errado tantas vezes?”

Sim eu acredito.
E é por isso que não paro de remar.

Remo com o mesmo brilho nos olhos de quem experimenta um sabor desconhecido. Para mim, é assim como a rotina: nenhum dia é igual ao outro, mesmo que, no fundo, tenham todos uma ordem igual. Aquela data muito, mas muito especial?

Ainda virá.

Não tenho pressa, não faço da minha vida uma tempestade em alto-mar. Penso que tudo tem a sua hora certa e, se ainda não ancorei no lugar ideal, é porque tenho muito a navegar.

Mas minhas amigas não falam coisas “do nada”, entende? Há um histórico complicado que fundamenta tais opiniões. Não concordo, mas compreendo: é que já quebrei a cara algumas vezes…

Até agora, os barcos que atracaram não me levaram a finais felizes.
Sempre voltei sentindo que a viagem não valeu a pena.

Os desamores simplesmente acontecem, como um vidro delicado que se solta de nossas mãos lisas e cai no chão de uma hora pra outra. E, então, temos que recolher cada pedacinho, limpar a sujeira e continuar em frente. Não era a pessoa certa para mim. Não era a hora ideal para a gente.

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Eu apenas continuo, pois nunca tive vocação para um coração congelado. Aquela história de se fechar completamente e esquecer os sentimentos, sem acreditar em nada, realmente não faz o meu perfil.

Intensa, sou a emoção nos filmes de romance, os sonhos constantes nos contos apaixonados, a imaginação fértil antes de ir dormir e as palavras confiantes rabiscadas no caderno.

E quando tudo dá errado, minha mente simplesmente ativa o botão que pula para a próxima fase, sem nem pestanejar. Não que eu não sofra: eu sinto… muito.

Mas há uma flor aqui dentro que, quando murcha, trata de entender que apenas não foi regada corretamente.

Não me pergunte como, eu só sei.

Sei que ainda virá. Pois há algo muito especial lá na frente esperando por mim, para entrarmos, juntos, em uma embarcação sem volta, que flutua em uma jornada linda – e sem retorno previsto.

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