Não quero mais. Será mesmo?

Por ser intensa, sinto demais. Demais mesmo.

E quando o assunto é saudade, sou um mar sem fim. Um oceano talvez. Sinto falta do que tive, do que vou ter e do que não tive, mas quis. E ultimamente tenho vivenciado uma saudade estranha. Como é possível sentir falta de algo que não quero mais? Começo a stalkear. Visitar perfil do Facebook. Incito conversas com amigos em comum e de repente: “Tem visto fulano? Me disseram que ele tá bem. Tem notícias? Nada de novo. Apenas uma pergunta: “pra que você quer saber?”. Digo que é curiosidade e que não tenho mais interesse. Rum, sei!

É só curiosidade mesmo. Saber se ele está bem, se já tá namorando ou o que tem feito da vida. Vou então pro whatsapp. Abro a tela. Confiro a última hora em que ele visualizou. Saio da tela e deito na cama. 5 minutos. Clico na tela novamente. Online. Amplio para ver a foto. Liguei. Um toque. Um desespero: “que merda, quem foi o imbecil que inventou de colocar um botão de ligar do lado da foto do whatsapp?”.

Espero um “oi me ligou pra que?”. 30 minutos. Nada. Espero mais um pouco, afinal a última hora em que ele visualizou foi no momento da ligação. 45 minutos. Mando um oi. Mais 15 minutos. Abro a tela e nada. Que se dane! É mesmo um idiota. Por isso estou certa de não querer alguém assim. Mais 30 minutos. Um pensamento: “Onde eu estava com a cabeça quando cogitei sentir saudade desse cara?”.

1h30 depois. Uma notificação. “Oi tudo bem? Você me ligou?” Agora é minha chance, não vou nem responder. Penso. 5 minutos. “Foi. Liguei errado. Ia mandar uma foto e cliquei no botão sem querer.” Ele responde: “Pensei que quisesse falar alguma coisa.” Coloco uma carinha insignificante e dou a conversa por encerrada. Nossa que chato.

5 minutos depois. “Tava pensando aqui. Bem que a gente poderia sair né?” Se ele pensa que pode me chamar pra sair e que eu vou aceitar, eu mesmo que… “Qual dia mesmo?”

Vanessa Pérola

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