Mexer no celular enquanto estão juntos poderá destruir sua relação

“Phubbing” é o nome que se tem dado ao ato de esnobar aquele com quem se conversa, enquanto verifica as últimas novidades em seu smartphone.

Eles já são quase uma extensão do nosso corpo. Consultados ainda quando estamos na cama, revistos várias vezes durante o dia, e ocupando funções de outros objetos, os smartphones já estão incorporados ao nosso dia a dia, naturalmente.

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Mas há algo recorrente no uso dos telefones celulares que tem preocupado algumas pessoas e prejudicado relacionamentos.

Pense na seguinte situação: no meio de uma conversa com outra pessoa, ela começa a olhar o Facebook ou responder o WhatsApp. Incômodo? Com certeza, mas reflita se, eventualmente, você não faz exatamente a mesma coisa.

Esse ato de ignorar o outro, por meio do uso da tecnologia já tem até um nome próprio: “phubbing”, que vem do inglês snubbing (esnobar) + phone (telefone). De acordo com psicanalista Ana Suy Sesarino Kuss, professora do Centro Universitário Autônomo do Brasil (Unibrasil), atualmente a conexão com os smartphones é tão íntima, que ela já substitui objetos como calendário, agenda, despertador e câmara fotográfica, por exemplo. Em alguns, esse objeto de desejo passa a substituir até o interesse que se tem por outras pessoas. “O uso excessivo do celular pode não ser a origem do desinteresse, mas é a consequência”, pondera a especialista.

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A psicanalista diz que o comportamento de esnobar o outro exercendo outra atividade não é recente. Houve um tempo em que livros e revistas eram usados para o mesmo fim. Quando esse uso excessivo da tecnologia atinge os relacionamentos afetivos, pode realmente agravar uma crise. As conversas diminuem e o ato de isolar-se no mundo oferecido pelo celular fica mais frequente. “Não entendo o smartphone como motivador do desinteresse, mas um acelerador do processo”, explica Ana.

Aos casais que possam estar enfrentando problemas com o uso excessivo da tecnologia no relacionamento, Ana diz não haver regras que possam ser ditadas para colocar o problema abaixo. Ela entende que cada casal deve encontrar um modo de se relacionar mas, caso sinta-se substituído pela máquina, deve falar. “É preciso colocar a questão para o outro, nem que seja pelo WhatsApp. Porque tem isso também! Alguns casais, que antes nem conversavam, agora têm falado pelo aplicativo. A tecnologia não vem com o objetivo de destruir nossas relações, somos nós que podemos vir a usá-la dessa maneira”, finaliza.

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