Eu sei… Não devemos esperar nada de ninguém. Mas eu me importo, sim… E às vezes, droga, eu espero também…

Eu queria dizer que não me importo com determinadas coisas. Que pra mim tanto faz. Não me atingem. Não mudam minha vida. Mentira!

Sinto falta de algumas pessoas na minha vida. Queria que outras não fizessem parte da minha história. Sinto saudades de muitas coisas que não voltam mais. Sinto raiva de algumas lembranças teimosas.

Ouço calada certas afrontas e meia-hora depois penso em mil coisas que poderia e talvez deveria ter respondido. Me arrependo do silêncio. Outras vezes me arrependo das palavras.

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Eu vejo cenas, fotos, situações que me incomodam. Tento fingir que não. Agir como se não fosse comigo, como se não me importasse. Mas eu me importo. Sim, eu me importo!

Eu tenho raiva, às vezes passageira, às vezes duradoura, de pessoas a quem me dedico e amo e que agem como se não soubessem disso, quando tudo o que eu mais faço é tentar demonstrar.

Sinto raiva e uma certa dor de quem me procura como se eu fosse uma instituição filantrópica, sempre pronta pra ajudar. Eu tenho vontade de dizer VÁ A MERDA. Mas não digo. Porque eu me importo.

Me importo com gente que age com estranhos de forma mais carinhosa, próxima e amável do que comigo que acreditei imbecilmente que merecia alguma consideração.

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Me importo com quem mente olhando dentro dos meus olhos, colocando em descrédito toda a minha inteligência.

Eu sei. Não devemos esperar nada de ninguém. Mas preciso dizer que, eu me importo, sim… E às vezes, droga, eu espero também…

Luciana Marques

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