Ao meu amor distante.

Quando escolhemos uma pessoa, escolhemos pela essência, pelo brilho nos olhos, pela franqueza, pelo riso exagerado, talvez pelas manias, toque, sabor.

Mas quando escolhemos uma pessoa a qual a gente nunca viu, quando decidimos que é ela com quem queremos passar aqueles dias de preguiça aos domingos, ou de uma badalada sexta-feira, mesmo sem nunca termos nos encontrado antes, é porque a certeza daquele encontro já disse sim antes mesmo que nós.

Não existe tempo, circunstância, não existe medo, talvez pode rolar uma insegurança, vai rolar algumas incertezas que podem vir mascaradas de aperto no peito, mas elas logo cedem quando a outra parte dessa equação pega o primeiro ônibus, avião, bicicleta e decide ir te visitar.

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Ele não se importa se vai ser namoro de mãos dadas em uma beira de estrada qualquer, se será a beira mar com um escandaloso pôr de sol. Ele não se importa se ela vai estar vestida de pijama de bolinhas ou em um look a lá Lady Gaga.

Ela não vai estar nem aí por ter passado a noite anterior sem dormir, ela não vai nem ligar pelo buraco em seu estômago que não será de fome mas sim de uma inconstante saudade que já existe antes mesmo do primeiro abraço. Ela não se importa se depois de dias de amor vai vir a droga de uma despedida deixando a certeza do quero mais e da voracidade do eu te amo.

Eles juntos não vão se importar com a insegurança, com a bagunça que ambas vidas são, pode até bater aquela velha insegurança de: “Se eu me apaixonei, por que outra pessoa também não pode?”

Mas então a lembrança do último momento irá selar essa relação que independente de precoce tem a sintonia de um Romeu e Julieta um bocado modernos.

E eles se agarram a isso para seguirem em frente, e juntos estarão prontos para enfrentarem os dias difíceis que a ausência irá deixar, e também se sentirão confortados no colo um do outro, um seriado, brigadeiro de colher e um porre de amor.

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Regiane Vieira

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