Abaixa essa bola porque eu não sou qualquer uma não

Olá, muito prazer. Eu sou, muito provavelmente, aquela que poderia ser a mulher da tua vida. Aquela que está exatamente do teu lado agora, mas que você é covarde ou tapado demais para convidá-la para sair.

Não sou de chorar pelo leite derramado, prefiro conseguir uma nova caixa ou, quem sabe, até uma vaca novinha em folha. Sim, sou toda cheia de si, como dizem por aí, e porque é que deveria ser diferente? Se for só para agradar os outros, prefiro nem sair de casa.

Foi-se o tempo em que eu brigava por coisas banais e hoje só me interessa o que me faz melhor. Você pode me conduzir numa dança ou no carro, mas da minha vida só eu tomo as rédeas, combinado? Sou meiga, tenho sorriso largo e jeito calmo, mas se você pisar no meu calo, amigo, a coisa fica feia.

Faço café, levo na cama, dou carinho e tudo mais. Mas claro, isso só quando eu quiser, não por causa de alguma falsa obrigação que algumas pessoas pensam que a vida de casal exige. Ah, também gosto de massagens nos pés, de beijo na nuca e de cerveja. Às vezes o meu coração é de manteiga, mas posso ser uma autêntica geleira quando é preciso.

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Se você aprontar, vai sair perdendo, lamento informar mas é esse o ciclo natural da vida. Eu escolho o que quero e, mais importante que isso, escolho o que eu não quero.

Eu posso até acreditar em amor verdadeiro, mas não em príncipe encantado. Não sou mulher de joguinhos, não tenho tempo a perder e muito menos paciência. Quer brincar? A gente brinca, mas se prepara para perder.

Quem me conhece sabe, não sou de meias palavras e também não gosto que sejam assim comigo. Quer me mandar à merda? Manda, bota para fora, só não me venha com meias palavras, caso contrário eu é que te vou mandar para aquele lugar.

Não precisa ter medo, não. Não sou um bicho. Mas também não sou uma qualquer, não sou uma dessas a que você está habituado. Por isso baixa a bola.

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Jocê Rodrigue

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