7 lições profundamente problemáticas que aprendi sendo “a outra” (história real)

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Eu era a outra! É isso aí… Foi isso mesmo que você leu. Eu fui a amante de um homem casado.

Vamos lá, vá em frente, você pode me julgar! Eu estou indo totalmente contra meu auto-julgamento. É hora de escrever um artigo sobre isso porque a única coisa que me machucaria mais do que sua condenação seria mentir sobre isso. Eu já vi muitas mulheres sofrendo com vergonha e vivendo com esse segredo.

Então, deixe-me compartilhar com você as 7 lições nada legais sobre ser “a outra” que eu aprendi ao longo do caminho:

1. Às vezes, você vai contra seus valores.

Aconteceu há quatro anos. Eu conheci esse cara em um evento comercial de minha empresa. Ele era muito atraente e fiquei desapontada quando soube que ele era casado. Começamos uma conversa que tentei ser tão platônica quanto possível, mas definitivamente havia química.

Ele me contou sobre sua vida com uma esposa que era ausente na maior parte do tempo e sobre seus filhos. Posso encontrar uma tonelada de desculpas. Eu estava vulnerável e recentemente divorciada e ele estava se sentindo sozinho, seu casamento não estava indo bem.

Mas, sejamos honestos com nós mesmos, não houve desculpa. Fui contra meus valores. Eu disse “sim” quando ele me convidou para um café e à partir desse momento, uma coisa levou a outra e nos tornamos amantes.

Eu não decidi me apaixonar por ele, mas eu o fiz. No final do dia, sou culpada da escolha que fiz, mas, não importa o que a sociedade diga, isso não me torna uma pessoa ruim.

Ignorar seu sentimento de culpa não facilitará as coisas. Reconhecer e aceitar seus erros é a coisa certa a se fazer.

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2. Ser amante não é tão glamoroso quanto parece.

lá estava eu, encontrando-o secretamente. Vendo-o durante o dia e trabalhando ao lado dele e no final dizendo adeus pois ele voltaria para sua casa. Fui em viagens de negócios com ele e na volta tive que me despedir de dentro do avião porque “ela” o viria buscar.

Sempre que isso acontecia era muito doloroso. Mas eu escolhi a situação, eu não facilitei as coisas. Fiquei nessa por 6 meses.

Sendo a amante, você tem a sensação de que não é a prioridade. Pra mim, eu era apenas um objeto de satisfação dele.

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3. Você nunca será tão mau comigo quanto eu fui.

Contei a algumas pessoas sobre isso e tive que enfrentar o julgamento delas. Meu filho ficou sabendo do relacionamento e um dia me disse: “Mãe, se você não fosse minha mãe, eu diria que você é uma p**a”.

Ainda me lembro, quão ruim isso me fez sentir. Minhas amigas solteiras mantinham os braços abertos. Já as casadas, toda vez que eu chegava elas ficavam em cima de mim como seu eu fosse uma ladra dentro de suas casas. Eu estava apaixonada por esse homem, não pelo fato de ele ter casado.

Mas ninguém era tão mau comigo quanto eu mesma. Depois do meu divórcio, prometi a mim mesma que sempre ficaria orgulhosa da pessoa que eu era. Os meses que passei com esse homem foram suficientes para trazerem sobre mim um sentimento imenso de culpa e frustração. Por fora eu parecia radiante, feliz, mas por dentro, me sentia tão podre quanto um defunto.

As pessoas podem até te julgar, mas o juiz mais difícil de se enfrentar é você mesmo.

4. O fruto proibido sempre parece ser mais saboroso

Ao longo dos 6 meses que inicialmente gastamos juntos, escrevemos mais de 40 páginas de textos e e-mails. O fruto proibido, obviamente,sempre parece ser o mais saboroso e tentador. Como não podíamos nos ver tão frequentemente como queríamos, cada momento tornou-se “especial”. Nós viajamos juntos, mas durante o tempo que estávamos na cidade, nosso encontro era limitado.

Os dias se tornaram nosso tempo de paixão e, quando as mentiras e os enganos começaram a se aglomerar, a alegria de se ver, mesmo que por 5 minutos, tornou-se ainda mais intensa.

Às vezes, eu me pergunto se ter que lutar por algo que você quer não é mais valioso.

5- A incerteza dói mais que a infidelidade.

Eu tentei estar bem com a situação, mas depois de um tempo, isso me envenenou. Houve momentos de pura alegria quando estávamos juntos. Afinal, eu estava apaixonada. Mas eu nunca soube quando eu iria vê-lo ou quando ele teria que voltar para casa no fim de semana porque sua esposa estaria lá.

Será que ele vai me ligar? Ou não vai? Ele vai me escrever ou vai desaparecer? Por cada momento de alegria, houve três de desespero. Eu tentei romper por muitas vezes, mas ele era minha droga de escolha. Eu estava me torturando. Sem arrependimentos, foi uma tortura.

A razão pela qual as pessoas são viciadas em drogas, álcool ou açúcar é porque se sentem bem durante o tempo em que estão usando. A razão pela qual o sexo e a paixão são tão viciantes é porque a corrida do prazer é melhor do que os momentos de retirada… até que não seja.

Durante esses seis meses, tentei me afastar muitas vezes e ele também. Mas a cada vez que nos afastávamos, a gente se aproximava ainda mais e isso estava se tornando cada vez mais estressante.

Meu melhor amigo me fez uma pergunta muito poderosa: “Como você consegue viver entre a dor e a alegria desse jeito?” Minha proporção era de 80% dor / 20% alegria.

Se você está nesta situação, pergunte a si mesmo(a): qual é a proporção de dor/alegria que você considera aceitável na sua vida? Se você quer que a porcentagem de alegria aumente, então eu te aconselho a tomar algumas medidas, afinal se você não gosta de algo, mude. Se você não pode mudar, então mude suas atitudes.

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6-  A culpa e vergonha estavam me deixando doente.

Culpa e vergonha são emoções extremamente poderosas e, como qualquer emoção, expressam-se como pensamentos em seu cérebro e consecutivamente também como tensões em seu corpo. Quando penso em culpa, minha garganta fica até seca.

Quando penso nesse assunto, sinto um nó em minha barriga. Essas tensões criam toxinas e ao longo do tempo essas toxinas podem te deixar doente. Durante o tempo deste relacionamento, eu estava constantemente lutando contra um resfriado e mal conseguia comer. Eu rapidamente percebi que minhas emoções estavam ameaçando a minha saúde.

Essas sensações aumentaram drasticamente quando depois de alguns meses, ele decidiu pedir a sua esposa em divórcio.

Finalmente, tudo começou a fazer sentido para mim. Eu teria que lidar com a tristeza, mas surpreendentemente, essa emoção, tão dolorosa quanto era, nunca sentia tão ruim quanto a culpa e a vergonha.

Ouça seu corpo. Se o seu corpo não estiver funcionando perfeitamente, ele te avisará de alguma forma. Ignorá-lo por muito tempo fará com que você fique doente, então solte a auto-culpa e mude a situação.

7. Aprenda a deixar ir e a se perdoar.

Nove meses. Esse foi o tempo do relacionamento do início ao fim. Nove meses à partir do momento em que nos conhecemos até o momento em que eu percebi que estava ficando doente e decidi colocar um fim nessa situação.  Isso inclui a ida e a volta, as 6 semanas que passamos separados depois que eu me afastei, os altos e baixos, os momentos de prazer culpados, a “alegria” passageira, a paixão e os baldes de lágrimas que só minha cama sabe.

Levou mais de um ano para abandonar de vez. Deixar de lado o relacionamento era mais fácil do que abandonar meu próprio auto-julgamento.

Você pode até estar pensando que eu poderia ter evitado essa situação. A verdade, ser “a outra” nunca esteva na lista de coisas que eu queria para mim. Estou longe de ser a única que fez essa escolha. Alguns acreditam que nunca o fariam, enquanto outros se tornam amantes e nunca se sentem mal por isso.

Conclusão:

Nunca deixe que a vergonha e a culpa vençam a sua alegria e felicidade. Eu tive a sorte de conhecer a esposa daquele cara e graças a Deus consegui me desculpar por tudo que eu a fiz passar. Ela me perdoou e eu serei eternamente grata a ela por isso. Levou mais tempo para eu me perdoar do que para ela.

A traição não vale a pena, nenhum crime é tão perfeito que jamais será descoberto. Por mais que ninguém um dia fique sabendo, ele trará culpa e vergonha para sua vida. “Na vida a gente colhe o que planta.

Perdoe-se por não ser perfeito. Ninguém é. Eu aprendi esta lição. E você?

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